segunda-feira, 15 de agosto de 2011

ciclo imortal


Finalizando o meu eterno ciclo
Vejo o que não posso mais ter
Não mais amo, não mais sinto
Vivo a morte em meu sofrer

A vida eu sugo
Buscando o prazer no elixir dessa mundana vida
O mal eu sou
Ao fugir da paz que almejo

Os traços eu confundo nessa escuridão
O que me cerca são apenas sombras, e morte
Os dias se passaram e eu nunca mereci o fim
O meu tempo se foi e todos os pensamentos se anularam
Amando, eu descobri que somente eu poderia me criar
E eternamente me recriar após um simples fim

Corpo leve que possuo
Peso que tenho que carregar
Minha alma está condenada
E o meu fim eu vivo a buscar

Fui o mais belo imortal
Sempre existi consciente em mim
Lágrimas de sangue dos meus olhos rolaram
Quando eu criei o meu fim...
Me recriei em mim buscando um novo fim
Que nunca tive, mesmo criando uma prole pra mim
Da morte surgiu a morte sem nunca se ter um fim!

o vampiro

Tu que, como uma punhalada,
Em meu coração penetraste,
Tu que, qual furiosa manada
De demônios, ardente, ousaste,

De meu espírito humilhado,
Fazer teu leito e possessão
- Infame à qual estou atado
Como o galé ao seu grilhão

Como ao baralho o jogador,
Como à carniça o parasita,
Como à garrafa o bebedor
- Maldita sejas tu, maldita!

Supliquei ao gládio veloz
Que a liberdade me alcançasse,
E ao veneno, pérfido algoz,
Que a covardia me amparasse.

Ai de mim! Com mofa e desdém,
Ambos ma disseram então:
"Digno não és de que ninguém
Jamais te arranque à escravidão,

Imbecil! - se de teu retiro
Te libertássemos um dia,
Teu beijo ressuscitaria
O cadáver de teu vampiro! 



Beijo nos Labios






Beijo nos lábios

A rosa dos sábios

Os medos dos caros



A rosa dos magos

A vida dos amargos

As vitalidades dos fáceis



A rosa do medo

A tortura do ser

A magia do viver



O consumo do vicio

A vida do viciado

A tortura do assado



A beira da vida

A beira da lucidez

A beira do viver



Com os braços marcados com os piores marcadores

Ao ferro quente, a brasa fervente ao alucinógeno caliente

Para os mares gelado da vida em falta o corpo em morta vida

O consumo do arder

A fraqueza do viver

O poder e nascer

Nascer por riqueza inúteis e mesquinhas de um ser

Arrogante e hipócrita  

Da mesquinharia do ser e o vibrante do “viver”



A rosa dos medos

Não enfrenta os seres nem pelos

Mais agonizo viver





NA PELE DE UMA VAMPIRA...





Quando a noite vem só e fria
eu fico a imaginar o infinito
desta minha curta vida
que promete ser distante
a fome por um ser fresco
apodera-se da minha mente
mas a pena de tirar uma vida
instala-se neste meu coração ainda quente
a necessidade choca com a ética
a solidão mórbida submerge
tenho nas minhas mãos
o poder de dar vida eterna
mas sera justo dar vida já morta?
a eternidade é sedutora
mas o poder de sentir amor é vida
E esta vida insanguina que levo é já morte
Muitos são aqueles que me pedem vida
mas que vida posso eu dar se já sou cinza?
O desejo de ter alguém para partilhar o mundo
é grande , forte mas egoísta
Estas noites de cinza fúnebre
que assombram e seduzem olhares curiosos
saseiam meu ser com sede de vida fresca
mas a vitima prefeita ainda não encontrei
alguém com o mesmo sentimento atroz
que tenha sede de infinito .....
Tenho a eternidade para o procurar
mas tenho a incerteza se ele existerá....






SERES DA NOITE







Vives na sombra da noite
Escondido de toda a luz
Que possa quebrar o teu encanto
Seduzes as tuas vítimas
Com o teu olhar poderoso
Com esse teu jeito maldoso
Derretes o gelo cortante da noite
Com as tuas palavras ardentes
Enceideias nas suas veias
Toda a maldade e pecado
Que possa existir dentro delas
Apagas de vez o sorriso inocente
Para dar lugar a alguém como tu
Estranho, Sedutor, Maquiavélico
Alguém que domina o mundo
Apenas no silêncio da noite
Alguém que conquista
o mais puro coração
Com os teus dentes afiados
Tiras a vida humana
mas ofereces vida já morta
Vida que é consumida na noite
E apagada durante a noite
Enganas quem te pede vida imortal
Pois ela só é vida na escuridão das trevas....